Mantendo a tradição da Bloom Consulting de facilitar a vida de todos no que se refere ao universo dos lugares, cidades e países, lançamos agora um novo manual com um passo-a-passo para o processo de qualificação dos lugares através de transformações nos espaços públicos e coletivos.
Mas porque Placemaking.ID®? Esse novo termo vem da junção do placemaking tradicional, comumente referido a ideia de qualificação dos espaços públicos, com o ID de identidade, matéria-prima do place branding.
Compartilhamos da ideia que diz que a qualidade de um lugar é medida em grande parte pela qualidade de seus espaços públicos, logo o Placemaking.ID® trabalha para alinhar as ideias da marca-lugar, independente de sua escala ou natureza, de bairros a capitais, de público a privado, a um conjunto de iniciativas tangíveis nos espaços públicos e coletivos, criando com isso uma experiência alinhada e surpreendente tanto para visitantes quanto para a própria comunidade.
Por falar em comunidade, o processo de Placemaking.ID® parte dela. Entendemos que ninguém é melhor para entender o próprio cotidiano do que a própria comunidade. Nossa abordagem não só envolve as pessoas do lugar na compreensão dos problemas, como fazem as pesquisas tradicionais, nós entendemos que ela também deve fazer parte da geração de soluções.
“Mais do que colaborar, é preciso cocriar”
Nesse processo coletivo criamos e fortalecemos os laços comunitários, dando início ao senso de pertencimento. Essa conquista é igualmente importante, indiferente do tipo de projeto: na criação de novos bairros para a iniciativa privada era gera um conjunto de características simbólicas, inatas, onde o empreendedor imobiliário consegue alinhar projeto urbano, comunicação e marketing em torno de algo autêntico e inerente ao lugar e que, portanto, não pode ser facilmente copiado.
Para o poder público, por sua vez, o Placemaking.ID® ao envolver as pessoas, ao dar-lhes voz e atuar na mitigação dos problemas da comunidade gera capital político em forma de legado.
“Senso de pertencimento, assertividade e legado”
Mas o Placemaking.ID® é muito mais do que um arsenal de ferramentas de pesquisa-ação e cocriação. Ao envolvermos a comunidade geramos ideias que atingem as três dimensões de um lugar : Hardware, Software e Peopleware. Uma vez alinhada a visão do lugar com base na sua identidade e posicionamento (camada do Place Branding) criamos os elementos necessários para o desenvolvimento de novos equipamentos e recomendações de planejamento urbano ( hardware), programa de atividades e atratividade ( software) e sistemas de governança, tendo as pessoas como principal agente transformador (peopleware).
“Equipamentos e usos + atividades e atrações + cultura e governança”
Mas pode parecer que nosso processo está limitado a um snapshot do momento atual, ou pior, a uma imagem que já ficou no passado, como tantas outras pesquisas que mostram um panorama do “momento” ou seja, de ontem.
Junto a toda a colaboração e cocriação o Placemaking.ID® vem acompanhado de outros dois elementos essenciais ao mundo atual: perspectivas de futuro e antifragilidade para criarmos lugares “future proof”. Ao olharmos para as dimensões de hardware, software e peopleware, desenvolvemos sistemas dinâmicos e adaptáveis desde a origem do projeto, capazes de adaptar-se e evoluir diante dos desafios de um futuro incerto.
O placemaking.ID® portanto engaja a comunidade criando bases sólidas e autênticas para projetos públicos ou privados além de senso de pertencimento, cria experiências transformadoras nos espaços públicos para moradores e visitantes materializando os conceitos no place branding e por fim projeta lugares mais preparados para lidar com as crises contemporâneas, sejam sociais, econômicas, políticas ou ambientais.
Porque fazer um projeto de Placemaking.ID®
Para a iniciativa privada
- Para materializar o conceito do place branding e criar lugares únicos e vibrantes capazes de experiências memoráveis
- Para criar senso de pertencimento em um lugar e com isso reforçar suas características culturais e de identificação
- Para criar produtos inovadores, únicos e assertivos
- Para otimizar recursos e maximizar lucro com através de uma orientação coesa e validada
- Para criar lugares autênticos e reconhecíveis, aumentando a percepção de valor para produto e marca.
Para o poder público
- Para criar lugares únicos e vibrantes capazes de experiências memoráveis
- Para criar senso de pertencimento e comunidade
- Para inserir o lugar no universo de escolha de visitantes, moradores, investidores e talentos
- Para otimizar recursos através de uma orientação coesa e validada, minimizando ações críticas e ao mesmo tempo criando experiências coesas que materializam o place branding e o posicionamento da cidade.
- Para criar lugares antifrágeis
Passo 1. Entenda profundamente a cultura do lugar
Ninguém entende melhor a realidade do lugar do que os próprios moradores !
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Passo 2. Engaje a comunidade
O mais importante nessa etapa é criar uma base de participantes representativa das diferentes culturas e subculturas observadas no passo 1 e claro, já confirmadas por outras fontes de dados como o mapeamento das mídias sociais, bases acadêmicas e assim por diante.
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Passo 3. Pesquise sua identidade digital
Um bom mapeamento das redes sociais nos ajuda a ter uma visão para além da comunidade, essa visão é essencial para compreendermos como equilibrar uma futura oferta desse lugar, seja ele uma cidade ou uma comunidade planejada.
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Passo 4. Crie uma visão compartilhada
“Uma visão de futuro ajuda a alinhar expectativas,estabelecer estratégias, objetivos e, tão importante quanto, métricas de sucesso.” 1
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Passo 5. Cocrie diretrizes de ocupação para os espaços públicos
Durante o processo de compreensão do lugar (passo 1) você já pode ao mesmo tempo analisar a qualidade dos espaços públicos do seu lugar. Esse mapeamento serve para entender o que a comunidade/ cliente espera de um novo lugar e o que eles precisam em um novo lugar.
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Passo 6. Tragas as identidades culturais para dentro do lugar
Agora que você mapeou os comportamentos existentes no lugar e no entorno, é a hora de reforçar essas identidades no território.
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Passo 7. Crie conexões entre as identidades
Agora nós criaremos mais uma camada de significado que pode mudar a sua visão a respeito dos territórios de identidade.
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Passo 8. Um lugar é muito mais do que seus prédios
A qualidade da atividade importa mais do que a qualidade ou mesmo a quantidade dos equipamentos públicos construídos.
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Passo 9. Seja dinâmico, adaptável e ágil
Não, nós não conseguimos prever o futuro, e é justamente por isso, que devemos nos preparar para ele desenhando sistemas mais adaptáveis e dinâmicos.
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Passo 10. Um lugar vai muito além do seu território
A desterritorialização ficou ainda mais evidente após a pandemia de Covid-19. É preciso pensar em experiências além da esfera física e presencial.
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Passo 11. Seja um lugar antifrágil
É preciso pensar além da resiliência, em formas de manter os lugares vibrantes e sustentáveis frente ao futuro incerto.
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Publicado em 07.04.2022.