Pense em experiências digitais e não presenciais.

A place stretches far beyond its territory
Um lugar vai muito além do seu território

A desterritorialização ficou ainda mais evidente após a pandemia de Covid-19. É preciso pensar em experiências além da esfera física e presencial.

Um dos conceitos muito falado pela gente desde o início de 2020 é a desterritorialização. Termo criado por Deleuze e Guattari posteriormente adotado pela geografia e antropologia, que define a desconexão entre povo (cultura) e território.

A desterritorialização foi um dos aprendizados da pandemia, a ideia de que uma vez que estamos todos trancafiados dentro de casa, o lugar onde essa “casa” está na verdade faz pouca diferença, ou seja, no mercado imobiliário, cai por terra o mantra: location, location, location, ou pelo menos a forma como o “lugar” era trabalhado originalmente.

With this in mind, it is worth reflecting on the need for an experience beyond the territory, or as Caio Esteves called it in the book Cidade Antifragil (Antifragile City) – supraterritoriality.

Diante disso cabe a reflexão sobre a necessidade de uma experiência além do território, ou como o Caio Esteves chamou no livro “Cidade Antifrágil” Supraterritorial.

Essa talvez seja uma das dimensões do Placemaking.ID® mais complexas, não pela sua dificuldade em si, mas pela dificuldade de pensar a cidade além do seu território, como vem sendo feito desde sempre.

Pensar de forma supraterritorial é promover experiências que vão além da dimensão física e presencial, é preciso levar o lugar, a cidade, para outra esfera, a virtual (ainda que não necessariamente digital).

É preciso levar o lugar até as pessoas para que a experiência e os ativos desse lugar possam ser vivenciados ainda que à distância. Isso tem menos a ver com o tão falado metaverso e mais a ver com saber com precisão os ativos e características do seu lugar e pensar em formas de conectálo às audiências interessadas

Lembre-se

  • Um lugar é feito pelas pelas pessoas, logo ele é mais do que o próprio território, portanto, a experiência não deve estar vinculada exclusivamente à dimensão física.
  • Crie formas de conectar sua audiência aos ativos do seu lugar, se as pessoas não podem ir até você, você deve ir até elas.
  • Esqueça o metaverso (ou pelo menos não comece por ele), existem formas muito mais simples de levar a experiência do seu lugar até as pessoas. Esqueça também as saídas mais fáceis como apps, como se eles, independente do que estiver embarcado, fossem a solução para todos os problemas. Apps são mais ferramentas de governança do que experiências supraterritoriais, embora possam servir aos dois propósitos quando bem elaborados.