Crie equipamentos e atividades que conectem as pessoas.
Agora nós criaremos mais uma camada de significado que pode mudar a sua visão a respeito dos territórios de identidade.
Tudo bem você ter ficado com alguma dúvida sobre o passo anterior, ele realmente pode ser contra intuitivo num primeiro momento.
Os soft edges (ou territórios de transição) são transições suaves entre diferentes territórios de identidade.
Essa fronteira, que se sobrepõe, e não limita, é ativada por equipamentos e programações capazes de agregar os comportamentos dos territórios fronteiriços.
Aqui fica óbvia mais uma vez a importância da compreensão profunda do lugar. Parte dessa compreensão passa por entender que atividades são capazes de conectar quais comportamentos e quais são responsáveis por repelir determinados comportamentos. Um bom projeto de soft edge depende disso.
Os soft edges são, em grande parte, responsáveis pela convivência entre as diferentes culturas em um lugar que compreende mais de um território de identidade.
A base desse pensamento é a ideia de que, quanto mais próximo da minha unidade habitacional, mais próximo do meu comportamento cultural eu estarei, e conforme eu me afasto dessa unidade, mais vou me abrindo a novas identidades num gradiente que se não me completa, certamente não me agride.
Lembre-se
- A transição suave é um elemento aglutinador e não um muro conceitual, gaste a energia que for preciso para resolvê-lo da melhor forma possível.
- Não é porque uma transição deu certo em um lugar que dará no outro, os comportamentos na esfera cultural e subcultural também variam de lugar para lugar.