O que estás a fazer, João?
Neste momento, estou a fazer a última revisão ao Plano Estratégico da Madeira para o mercado dos Estados Unidos. Tem sido um projeto muito desafiante! Percorremos mais de 21 mil quilómetros em território norte-americano (durante 18 dias), entrevistámos mais de 77 stakeholders e levámos a cabo uma pesquisa intensiva em Portugal Continental, na Madeira e nos EUA. Em simultâneo, estou ainda a preparar alguns materiais para a Reunião Executiva Anual da Bloom Consulting. As equipas dos escritórios de Lisboa, Madrid, Londres e São Paulo irão fazer o balanço do ano anterior, discutir o futuro da empresa e definir os principais desafios e objetivos para 2020.
Descreve-nos um dia no teu trabalho.
Os meus dias de trabalho são tão variados como os projetos que temos em mãos. Nos últimos anos tive a possibilidade de participar na construção de diversas estratégias de Marcas País, Região e Cidade, algo que ocupa grande parte dos meus dias. Mas também dedico muito tempo à produção dos nossos rankings (como o Bloom Consulting Portugal City Brand Ranking©), à preparação de conferências especializadas em Place Branding (como o City Nation Place, de quem somos parceiros oficiais) e a projetos de responsabilidade social. Logo, os meus dias são muito ocupados, com muitas viagens (neste momento, através de videoconferências), mas muito motivantes pelos projetos e pela excelente boa disposição da nossa equipa.
O que mais gostas na área de Place Branding?
O que mais gosto nesta área são os ensinamentos que ficam com projetos em comunidades tão pequenas como Idanha-a-Nova (que recebeu a distinção de “Place Brand of the Year Highly Commended” nos Prémios City Nation Place Global) ou tão grandes como a Austrália. Como a vontade de inovar, a necessidade de antecipar problemas, a humildade de partir para cada projeto com a mente aberta e o orgulho de ver os resultados positivos graças às nossas estratégias.
Em que medida consideras que o teu trabalho é importante para os Países, Regiões e Cidades?
Seja na atração de profissionais e famílias para viver e trabalhar num País, Região ou Cidade, no aumento do fluxo turístico para áreas com potencial ou na estimulação de investimento através de um posicionamento mais inteligente, conseguimos perceber a importância do nosso trabalho nas Marcas Territoriais que desenvolvemos. Para além dos governos e instituições com que trabalhamos, é incrível perceber o impacto das estratégias nos stakeholders locais, especialmente em pequenas Regiões e Cidades que partilham connosco a sua satisfação e “vestem a camisola” na implementação dos projetos.
Qual é a Marca País ou Marca Cidade que mais aprecias?
Cada projeto é diferente e tive a sorte de aprender e criar grandes ligações com todas as Marcas País e Marcas Cidade com que trabalhei, por isso é-me impossível afirmar que tenho uma que seja a minha preferida. Idanha-a-Nova foi o meu primeiro projeto e foi impressionante perceber o impacto da estratégia “Recomeçar” nesta Marca Territorial. Com a estratégia do Paraguai aprendi que, independentemente das adversidades, uma Marca País forte, coesa e com uma equipa de gestão eficiente é possível ter sucesso. E com Guimarães estou a perceber o impacto tremendo que o envolvimento de uma comunidade pode ter numa estratégia, apesar de estar ainda numa fase inicial.